Além da importância econômica, a atividade da indústria da construção no país tem relevante papel social devido à geração de empregos proporcionados pelo setor. No entanto, a indústria da construção ocupa um dos primeiros lugares no ranking de acidentes graves e fatais, além do desenvolvimento de doenças ocupacionais.
É um setor complexo, prevalecendo a subempreitada e a terceirização, indicando as deficiências das relações de trabalho. Por ter um quadro tão complexo quanto de difícil reversão, o governo vem colocando a indústria da construção como uma área prioritária de sua atenção, seja para impulsioná-la, seja para controlar o seu quadro de morbimortalidade, diminuindo sensivelmente as intercorrências oriundas do trabalho. Este último é o espaço em que a Fundacentro vem atuando, desenvolvendo projetos com o propósito de contribuir para a melhoria das condições de trabalho deste setor e buscando cultuar a ideia, entre os seus atores sociais, de que SST é uma questão de cidadania.
Este setor apresenta atividades de grandes riscos, como o trabalho em altura, manejo de máquinas perigosas quase sempre sem proteção, equipamentos e ferramentas improvisadas ou inadequadas, instalações elétricas em estado crítico por falta de projeto e falha nas instalações, uso de veículos automotores e máquinas pesadas, atividades que podem causar problemas ergonômicos como de posturas inadequadas, levantamento e carregamento de peso.
A alta rotatividade e a grande terceirização também são fontes importantes de risco pois, entre outros problemas, dificulta a apropriada capacitação dos trabalhadores para o exercício de suas atividades.
A Fundacentro está representada nos vários Comitês Permanentes Regionais espalhados em quase todos os estados brasileiros e no Comitê Permanente Nacional da NR 18 – CPN como membro titular do Governo, hoje na coordenação do Comitê e na coordenação da bancada do Governo imbuídos na revisão dos demais itens da NR 18.